A PARÁBOLA DAS BODAS (Mateus 22: 1-14)
1  ENTÃO Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:
2  O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;
3  E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir.
4  Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.
5  Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu tráfico;
6  E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
7  E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
8  Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.
9  Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.
10  E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.
11  E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias.
12  E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu.
13  Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
14  Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

Muitos que fazem parte da presente manifestação do reino dos céus aqui na terra estão “trajando vestes nupciais”, e, portanto não farão parte dos escolhidos. A “veste nupcial” simboliza a condição de esta preparado- uma possessão presente da verdadeira fé em Cristo. Cristo alude ao homem que estava sem vestes nupciais, para levar-nos a um autoexame e perguntar-nos, “Senhor, sou eu?”.
A chamada à salvação é feita a muitos. Os poucos escolhidos para herdar o reino dos céus são os que atendem a chamada de Deus; que se arrependem de seus pecados e que creem em Cristo. Acolher a graça de Deus mediante o livre exercício da nossa vontade faz com que nos tornemos parte do povo escolhido de Deus.

A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS (Mateus 25: 1-13)
1  ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
2  E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
3  As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
4  Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
5  E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
6  Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
7  Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.
8  E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
9  Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
10  E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
11  E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: SENHOR, Senhor, abre-nos.
12  E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
13  Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.
Esta parábola ressalta o fato que todos os crentes devem constantemente examinar sua vida espiritual, tendo em vista a vinda de Cristo num tempo desconhecido e inesperado. Devem persevera na fé, para que uma vez chegados o dia e a hora, sejam levados pelo senhor na sua volta. Estar em comunhão pessoal quando Ele voltar significa ser lançado fora da sua presença e do seu reino.
O que faz a diferença entre o néscio e o sábio é aquele (louco) não reconhecer que o Senhor, ao voltar, virá em um tempo que não é aguardado, nem precedido de sinais visíveis específicos.
Cristo mostra em Lucas 18:8 que uma grande parte dos crentes estará despreparada no momento da sua volta. Cristo deixa, pois, claro que Ele não vai esperar até que todas as igrejas locais estejam preparadas para sua vinda.
Note-se que todas as virgens (tanto as prudentes como as loucas) foram surpreendidas, ao vir o noivo. Isto significa que esta parábola se refere aos crentes vivos antes da tribulação e não aqueles durante a tribulação, os quais terão sinais específicos precedendo a volta de Cristo no final da tribulação.

A PARÁBOLA DOS DEZ TALENTOS (Mateus 25: 14-30) * Em Lucas 19: 11-27 existe uma parábola muito parecida, a parábola das dez minas.
  14  Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens.
15  E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
16  E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.
17  Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois.
18  Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19  E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
20  Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles.
21  E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22  E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos.
23  Disse-lhe o seu SENHOR: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
24  Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
25  E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
26  Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?
27  Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.
28  Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos.
29  Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.
30  Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
A parábola dos talentos nos adverte que nosso lugar e nosso serviço no céu dependerão da fidelidade da nossa vida e serviço aqui. O talento na parábola representa nossas aptidões, tempo, recursos e oportunidades para servir ao Senhor, enquanto estamos aqui na terra. Cada crente redimido tem a responsabilidade de empregar fielmente aquilo que Deus recebeu. Cada crente recebe de Deus oportunidades, tempo e meios de viver para Cristo, através de atos de bondade, nas orações, nas ofertas e de muitas outras maneiras.

A PARÁBOLA DO GRNADE JULGAMENTO (Mateus 25: 31-46) - A VIDA ETERNA E O CASTIGO ETERNO
31  E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
32  E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
33  E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
34  Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
35  Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
36  Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.
37  Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
38  E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
39  E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
40  E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
41  Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42  Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43  Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
44  Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
45  Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim
46  E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

O julgamento das ovelhas e dos bodes ocorre depois da tribulação da volta de Cristo à terra e antes do inicio do seu reino terrenal.
Na ocasião da vinda de Cristo, os salvos e os perdidos vivendo aqui na terra, sobreviventes da tribulação, ainda estarão todos juntos. Este julgamento efetua a separação entre os ímpios e os justos. Será baseado nos atos de amor e bondade para com aqueles que pertencem a Cristo e que sofrem por isso. O amor e a compaixão são parte integrante da verdadeira fé e salvação. Os ímpios não terão entrada no reino de Cristo, mas irão para o tormento eterno. Os justos herdarão a vida eterna e o reino de Deus.

A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO (Lucas 10: 25-37)
25  E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
26  E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
27  E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
28  E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
29  Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?
30  E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
31  E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
32  E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
33  Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
34  E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
35  E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
36  Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
37  E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.

Esta parábola destaca a verdade de que compaixão e cuidado são coisas intrínsecas à fé salvadora e à obediência a Cristo. Amar a Deus deve ser também amar ao próximo.
 A vida e a graça que Cristo transmite aos que o aceitam produzem amor, misericórdia e compaixão pelos necessitados e aflitos. Esse amor é um dom de graça de Deus através de Cristo. O crente tem a responsabilidade de viver à altura do amor do Espirito Santo tendo, dentro dele, um coração não endurecido.
Quem afirma ser cristão, mas tem o coração insensível do sofrimento e da necessidade dos outros, demonstra cabalmente que não tem em si a vida eterna.

A PARÁBOLA DO BOM PASTOR (João 10: 1-21)
1  NA verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.
2  Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
3  A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora.
4  E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.
5  Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.
6  Jesus disse-lhes esta parábola; mas eles não entenderam o que era que lhes dizia.
7  Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.
8  Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram.
9  Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.
10  O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.
11  Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
12  Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas.
13  Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas.
14  Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
15  Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.
16  Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.
17  Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.
18  Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.
19  Tornou, pois, a haver divisão entre os judeus por causa destas palavras.
20  E muitos deles diziam: Tem demônio, e está fora de si; por que o ouvis?
21  Diziam outros: Estas palavras não são de endemoninhado. Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?

O sermão de Jesus a respeito do Bom Pastor retrata-o como o verdadeiro Pastor e Governante do seu povo, contrastando com todos os falsos pastores.
Quem entrar por meio de Cristo será “salvo”, e terá vida eterna e abundante tudo quanto necessita para ser liberto do pecado, da culpa e da condenação. Jesus é a única salvação; não há salvação senão por Ele.
Esta metáfora de Jesus como o Bom Pastor ilustra o cuidado eterno e devotado que Ele tem por seu povo. É como Ele disse: “Eu sou para com todos aqueles que creem em mim, o que um bom pastor é para as suas ovelhas: cuidadoso, vigilante e amoroso.”.
A característica de Cristo como o Bom Pastor é que ele morreu por suas ovelhas. É isso que de modo impar, ressalta a Cristo como Pastor. É a morte na cruz que salva suas ovelhas.
O ministro do evangelho que ocupa essa posição apenas como meio de vida, ou de obter honrarias, é o “mercenário”. O verdadeiro pastor cuida de suas ovelhas. O falso pastor pensa em primeiro lugar em si mesmo e na sua posição diante dos homens.

A PARÁBOLA DO RICO INSENSATO (Lucas 12: 16-21)
16  E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância;
17  E ele arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
18  E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
19  E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
20  Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
21  Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.

Fazer dos ganhos ou das riquezas da terra o proposito da nossa vida é um erro fatal que leva a perdição eterna. A palavra grega traduzida “avareza” (pleonexia), literalmente significa a sede de possuir mais. Avareza nada tem com o provimento das nossas próprias necessidades e as da nossa família.
Enquanto trabalhamos para suprir as nossas necessidades, devemos ser ricos para com Deus e buscar em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça.
Cada crente deve atentar para esta advertência de Jesus e examinar se há egoísmo e avareza em seu próprio coração.

A PARÁBOLA DO SERVO VIGILANTE (Lucas 12: 35-48)
35  Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias.
36  E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier, e bater, logo possam abrir-lhe.
37  Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá.
38  E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos.
39  Sabei, porém, isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa.
40  Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais.
41  E disse-lhe Pedro: Senhor, dizes essa parábola a nós, ou também a todos?
42  E disse o SENHOR: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?
43  Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.
44  Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá.
45  Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir; e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se,
46  Virá o senhor daquele servo no dia em que o não espera, e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.
47  E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites;
48  Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.

Os servos de Deus devem sempre estar espiritualmente preparados e vivendo em obediência, porque o Senhor virá em um momento inesperado.
Jesus revela que há duas maneiras de viver de todo crente em relação a sua ausência e promessa de sua volta. Estar ele sempre vigilante e, espiritualmente, pronto para a volta do Senhor a qualquer momento, para receber a benção do seu Mestre.
Viver descuidado, julgando que o Senhor adiará a sua vinda; deixar de resistir ao pecado e afastar-se do caminho da fidelidade. Deste modo ele será alvo da condenação e da ira do Senhor e herdara eterna vergonha e ruína na sua vinda.
Negar que Cristo pode voltar a qualquer momento para julgar o discípulo infiel e negligente torna sem efeito a exortação de Cristo para que perseveremos ante a sua vinda inesperada. É exatamente o fato de não haver oportunidade para arrependimento e conversão, na vinda repentina de Cristo, que a torna uma fatalidade para os crentes apóstatas. A vinda de Cristo é como a morte, pode vir a qualquer momento.

A PARÁBOLA DA FIGUEIRA ESTÉRIL (Lucas 13: 6-9)
6  E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando;
7  E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?
8  E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque;
9  E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar.

Essa parábola refere-se primeiramente a Israel. Sua verdade, no entanto, aplica-se a todas as pessoas que professam crer em Jesus, mas não abandonam o pecado. Embora Deus dê a todos ampla oportunidade de se arrependerem, Ele não tolerará para sempre o pecado. O tempo virá quando a graça e a misericórdia de Deus serão removidas e os impenitentes castigados sem misericórdia.

AS PARÁBOLAS DA OVELHA E DA DRACMA PERDIDAS (Lucas 15: 1-10)
1  E CHEGAVAM-SE a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
2  E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.
3  E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
4  Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
5  E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso;
6  E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
7  Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
8  Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
9  E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
10  Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.

O Filho do Homem veio para buscar e salvar aquilo que se havia perdido. Deus é aquele que, no seu amor, busca a pessoa perdida para salva-la. Aprendemos que:
É máxima importância para o coração de Deus a nossa busca dos perdidos;
Tanto Deus quanto o céu se regozijam, mesmo quando um só pecador se arrepende;
Nenhum labor ou sofrimento nosso é demasiado grande na busca dos perdidos para leva-los a Cristo.
Deus e os anjos, no céu, têm tamanho amor e compaixão daqueles que estão no pecado e na morte espiritual, que quando um só pecador se arrepende alegram-se manifestamente.
O crente deve orara para que o Espirito Santo encha seu coração de desejo intenso de levar os pecadores à salvação.



A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO (Lucas 15: 11-32)
11  E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
12  E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
13  E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
14  E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
15  E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
16  E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
17  E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
18  Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
19  Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
20  E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
21  E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
22  Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
23  E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;
24  Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.
25  E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
26  E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
27  E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
28  Mas ele se indignou, e não queria entrar.
29  E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;
30  Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
31  E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;
32  Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.


Antes de um perdido vir a Deus ele precisa reconhecer seu verdadeiro estado de escravidão do pecado e da separação de Deus. Precisa voltar humildemente ao Pai, confessar seu pecado e estar disposto fazer tudo quanto o Pai quiser. É o Espirito Santo que convence o perdido pecador de sua situação pecaminosa.
A descrição que Jesus faz da reação favorável do pai, diante da volta do filho, ensina varias verdades importantes:
Deus tem compaixão dos perdidos por causa da triste condição deles;
O amor de Deus é tão grande que nunca cessa de sentir pesar por eles e esperar a sua volta;
Quando o pecador, de coração, volta para Deus, Ele sempre está plenamente disposto a acolhê-lo com perdão, amor, compaixão, graça e os plenos direitos de um filho.
Os benefícios da morte de Cristo, a influência do Espirito Santo e a graça de Deus estão à disposição daqueles que buscam a Deus.
A alegria de Deus pela volta dos pecadores é incomensurável.

A PARABOLA DO MORDOMO INFIEL- OU- ADMINISTRADOR INFIEL (Lucas 16: 1-13)
1  E DIZIA também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens.
2  E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo.
3  E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o meu senhor me tira a mordomia? Cavar, não posso; de mendigar, tenho vergonha.
4  Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas.
5  E, chamando a si cada um dos devedores do seu SENHOR, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
6  E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e assentando-te já, escreve cinqüenta.
7  Disse depois a outro: E tu, quanto deves? E ele respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta.
8  E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.
9  E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.
10  Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito.
11  Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?
12  E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?
13  Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.

Cristo usa essa ilustração para ensinar que os incrédulos têm muito interesse nas coisas materiais, para promover seus próprios interesses e bem-estar. Por outro lado, os crentes frequentemente  não têm suficiente mentalidade celestial para usar seus bens terrenos para promover seus interesses espirituais e celestiais.
A injustiça, a cobiça e o poder estão comumente envolvidos na acumulação e emprego das riquezas deste mundo. Devemos pregar nossos bens e dinheiro de modo a promover os interesse de Deus e a salvação do próximo.
Quem não é digno de confiança na aquisição e emprego de bens terrestres, tampouco será com as coisas espirituais. Por isso, os crentes, e, especialmente os lideres da igreja, devem estar libertos do amor ao dinheiro.



A PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO- OU – RICO E O MENDIGO (Lucas 16: 19-31)
19  Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
20  Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
21  E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
22  E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
23  E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
24  E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25  Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
26  E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
27  E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
28  Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.
29  Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
30  E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
31  Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.
O rico levou uma vida egocêntrica. Escolheu mal e sofreu eternamente. Lázaro viveu a totalidade da sua vida na pobreza, mas seu coração era reto para com Deus. Seu nome significa “Deus é meu socorro”, e ele nunca abdicou da sua fé em Deus. Morreu e foi imediatamente levado ao paraíso, para estar com Abraão. Os destinos desses dois homens foram irreversíveis a partir da sua morte.

A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO (Lucas 18: 1-8)

1  E CONTOU-LHES também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer,
2  Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.
3  Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
4  E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
5  Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.
6  E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.
7  E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?
8  Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?

Desta parábola da viúva que  persevera em oração aprendemos que:
Os crentes devem persevera em oração em todo tempo, até a volta de Jesus;
Nesta vida temos um adversário, que é satanás. A oração pode nos proteger do maligno;
Através da oração os filhos de Deus devem clamar-lhe contra o pecado e por justiça;
A oração perseverante é considerada como fé;
Nos últimos dias antes da volta de Cristo haverá um aumento de oposição diabólica às orações dos fiéis. Por causa de satanás e dos prazeres do mundo,  muitos deixarão de ter uma vida de perseverante oração.
Quando Jesus voltar para aqueles que a Ele clamam dia e noite, Ele porá fim as suas aflições, seu sofrimento e  perseguição da parte de um mundo hostil e maligno e os levará para estar com Ele.

A PARÁBOLA DO FARISEU E O PUBLICANO (Lucas 18: 9-14)

9  E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
10  Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
11  O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
12  Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
13  O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
14  Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.

O fariseu era justo aos seus próprios olhos. A pessoa que pensa ser justa por causa de seus próprios esforços não tem consciência da sua própria natureza pecaminosa, da sua indignidade e da sua permanente necessidade de ajuda, misericórdia e graça de Deus. Por causa dos seus destacados atos de compaixão e da bondade exterior, tal pessoa acha que não precisa da graça de Deus. O publicano, por outro lado, estava profundamente consciente  do seu pecado e culpa e, verdadeiramente arrependido, voltou-se do pecado para Deus, suplicando perdão e misericórdia . tipifica o verdadeiro filho de Deus.

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